Quase metade dos homens britânicos desistiria do sexo por seis meses em troca de uma TV de plasma de 50 polegadas, informou uma pesquisa nesta sexta-feira.
A rede varejista de produtos eletrônicos Comet ouviu 2 mil homens e perguntou a eles se haveria algo do qual desistiriam por uma televisão gigante, um dos mais novos "itens obrigatórios" para os consumidores de eletrônicos.
A companhia descobriu que 47% dos homens parariam de fazer sexo por meio ano, em comparação a apenas um terço das mulheres.
Um quarto dos entrevistados afirmou que pararia de fumar, e quase o mesmo número de entrevistados abdicaria do chocolate.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu cancelar o pregão para a compra de 150 mil laptops para distribuição em escolas públicas e abrir uma nova concorrência, uma vez que não conseguiu que o menor preço apresentado --US$ 360, pelo grupo Positivo Informática-- fosse reduzido, informam os repórteres Kennedy Alencar, Johanna Nublat e Angela Pinho, na Folha deste sábado (Ãntegra disponÃvel para assinantes do jornal e do UOL).
Segundo a reportagem, o edital da nova concorrência poderá trazer como alterações a redução no número de máquinas a serem adquiridas, ou diminuição do número de exigências (a garantia de três anos, por exemplo, poderia ser reduzida para dois) ou ainda o aumento na previsão orçamentária do projeto (o montante atual não foi divulgado).
No mês passado, a Positivo Informática informou que a fabricação de um computador portátil por US$ 100 "não é realidade". Em comunicado, a empresa afirmou que, "infelizmente, existem vários fatores que hoje inviabilizam a concepção de um produto de qualidade e que atenda à s necessidades mÃnimas dos estudantes por esse valor [US$ 100]. E pior, estabeleceu-se esse preço como verdade absoluta, quando nem mesmo o seu idealizador consegue realizar o que prometeu".
A crÃtica se refere ao laptop XO, desenvolvido pela ONG OLPC (Um Laptop por Criança, na sigla em inglês), que se tornou referência ao afirmar que poderia vender laptops a US$ 100 (R$ 174). Mas, depois, reconheceu que o produto deve beirar mesmo os US$ 200 (R$ 354).
O diretor de marketing da Positivo Informática, César Aymoré, disse à Folha Online no mês passado que a empresa aguarda o chamado do governo "para sentar e acertar essa negociação". Segundo ele, a empresa está determinada a "ter esse projeto com a marca Positivo" e que pode, inclusive, reduzir o preço dos aparelhos" (sem, entretanto, dizer de quanto seria essa redução).
Uruguai
A Positivo apresentou em outubro do ano passado um lance de US$ 245 (cerca de R$ 435) por computador em um leilão semelhante no Uruguai. Segundo a empresa, no Uruguai os computadores seriam entregues em apenas um local, enquanto no Brasil os produtos seriam distribuÃdos, instalados e configurados nas 300 escolas que compõem o programa.
Além disso, a garantia nos computadores vendidos no Uruguai foi de 90 dias, para reposição de peças e o governo uruguaio se comprometeu a fazer o pagamento de forma antecipada e isenta de todos os impostos; no Brasil, por sua vez, a quantia seria paga após a instalação e configuração dos computadores, o que poderia durar cerca de 115 dias, segundo a empresa.
Os hábitos de navegação e a falta de programas de proteção atualizados são as portas de entradas para ameaças no micro.
E não é só quem realiza compras e operações financeiras na rede que deve ficar preocupado. "O internauta pode ter sua identidade roubada. Por exemplo: seu e-mail pode ser usado em golpes", diz Carlos Bernardo, especialista em segurança eletrônica da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos).
O primeiro passo para não ter problemas é cuidar da parte técnica. "O antivÃrus deve ser atualizado pelo menos três vezes por semana", afirma Gabriel Menegatti, diretor de tecnologia da F-secure. Ele adverte que muitos programas não atualizam sozinhos, e que outros softwares também precisam de atualização.
O internauta deve fazer a checagem com o antivÃrus uma vez por semana, ao menos, e quando passar em lugares suspeitos.
Com o investimento em segurança de portais e instituições bancárias -os bancos investem R$ 1,2 bilhão nesse setor, informa a Febraban- a maior parte das fraudes tem um erro ativo do usuário, diz Bernardo. "O internauta é induzido a instalar softs maliciosos clicando em links que chegam por e-mails, MSN, sites."
"Quando houver dúvida sobre um link, pegue o telefone e ligue para quem mandou", sugere Menegatti.
O preço dos produtos vendidos via internet sofreu deflação de 0,74% em janeiro, segundo projeção do Ãndice e-flation, que monitora os preços de produtos adquiridos on-line, do Provar (Programa de Administração do Varejo), da FIA (Fundação Intituto de Administração). Já o Ãndice acumulado dos últimos 12 meses registrou deflação de 13,07%.
De acordo com o levantamento, a principal queda do perÃodo foi observada na categoria "CD´s e DVD´s", com deflação de 5,78%, seguida por "Produtos para Casa" que registrou 3,92%.
O Ãndice também aponta queda de preços nas categorias "Eletroeletrônicos" (2,92%), "Livros" (2,01%) "Telefonia" (1,84%), "Viagem e Turismo" (1,12%) e no item "Automóveis" (1,60%).
As categorias "Perfumaria" e "Linhas Brancas" registraram as maiores altas no mês, com inflação de 4,66% e 1,60%, respectivamente. As categorias "Informática", com 1,60% e "Brinquedos", com 0,69%, também tiveram inflação.
Em nota da assessoria, o Provar informa que a deflação observada no perÃodo está relacionada ao comportamento sazonal das vendas no varejo. A análise é realizada na primeira semana de cada mês.
A tecnologia, que entra na vida da população mundial de maneira cada vez mais avassaladora, pode gerar o vÃcio da mesma forma que o álcool e as drogas, arruinando relações profissionais e pessoais dos usuários. A opinião é de John O´Neill, diretor para tratamento de vÃcios na Menninger Clinic, em Houston (EUA).
Segundo ele, algumas pessoas sofrem com uma "sobrecarga de tecnologia", com comportamento suscetÃvel ao vÃcio em relação ao uso de celulares ou e-mails.
"Eu acho que eles apresentam os mesmos sintomas de pessoas que se tornaram viciados em álcool e drogas, quando percebemos que alguém não consegue deixar isso [a tecnologia] de lado e parar de usar, mesmo quando há conseqüências", afirma O´Neill.
De acordo com o Internet/Computer Addiction Services (algo como Tratamento para VÃcio em Internet e Computador), de Redmond, nos Estados Unidos, de 6% a 10% dos 189 milhões de usuários da rede nos Estados Unidos sofrem de dependência de tecnologia.
Sintomas
Para o especialista, um sinal de que uma pessoa pode estar viciada nesse tipo de coisa é o fato de ela escolher conversar por MSN, e-mail ou por correio de voz, por exemplo, em situações nas quais o contato fÃsico, "cara a cara", seria mais apropriado.
Ele também cita como um comportamento preocupante o hábito de deixar de passar tempo com a famÃlia ou os amigos para checar o correio eletrônico, telefonar, ou usar a internet. Ou ainda a incapacidade de sair de casa sem o celular, ficar relaxado sem checar o e-mail constantemente ou parar de usar a rede.
Entretanto, para O´Neill, esses sintomas devem ser analisados com cuidado. Isso porque não há motivos para ficar alarmado com o uso diário do e-mail ou de mensagens de texto --algo absolutamente normal e necessário atualmente.
"Nós gastamos muito tempo e muitos anos discutindo sobre o que significa usar alguma coisa de modo saudável, o que significa beber de modo saudável uma taça ou duas de vinho, na comparação com beber uma garrafa".
"Eu acho que algumas pessoas estão bebendo uma garrafa de tecnologia e algumas pessoas podem beber uma taça", diz o especialista.