Está em fase de testes nos Estados Unidos o app Shoelace, que poderá ser a nova rede social Google.
O Google é uma empresa com produtos de sucesso, como o buscador, o Google Assistente e o Maps. Entretanto, rede social Google é algo que nunca deu certo. No entanto, alguns meses após o fim do Google Plus, já há, portanto, nova proposta em testes. Trata-se do app Shoelace (“laço de sapato”, em Português), desenvolvido pela incubadora de novos negócios do Google, a chamada área 120.
Rede social Google Shoelace está em fase de testes.
A proposta do Shoelace é singela: ajuda na organização e planejamento de eventos e atividades locais e comunitárias. Nada grandioso, mas algo para grupos que moram próximos e compartilham gostos e ideias. O usuário lista os seus interesses no aplicativo e permite ao Shoelace escolher e sugerir eventos que ele seleciona na sua área de residência.
Eventos são Loops
No Shoelace, os eventos são chamados de Loops. Podem ser competições esportivas, shows de música, palestras, o que o usuário desejar. Você mesmo organiza os seus próprios eventos e faz a postagem no Shoelace. O app da nova rede social Google mostra um mapa onde são exibidos os Loops, com a função RSVP. As iniciais vêm da expressão em francês Répondez S’il Vous Plait e significa “Favor confirmar presença”.
O Shoelace tem a proposta de ser uma rede social com foco hiperlocal.
São ambições modestas, e parece que o Google com o Shoelace não quer confrontar o Facebook, o que teria resultados duvidosos. O Shoelace é, então, uma rede focada no hiperlocal, para agir em áreas delimitadas, sem nenhuma abrangência maior do que essas comunidades.
Testes da rede social Google em NYC
Entretanto, para que os Loops consigam realmente reunir bom público é necessário que as comunidades tenham uma população respeitável. Talvez por isso a fase de testes esteja sendo feita na cidade de Nova York, com seus 8,6 milhões de habitantes e gente suficiente para lotar qualquer tipo de evento. Veja um tutorial sobre o Shoelace (com áudio em inglês):
Pelo projeto do Google, o eventual sucesso em Nova York servirá de base para lançamento da nova rede social Google em outras cidades norte-americanas. No entanto, não há qualquer definição de prazo para que isso ocorra. E nada também sobre eventual lançamento em outros países.
Se o Shoelace tiver sucesso em Nova York, será lançado em outras cidades dos EUA.
Maior sucesso foi o Orkut
Já foram registradas várias tentativas de criar uma rede social Google. E a única que durou – aliás, com enorme público no Brasil – foi o Orkut. Todavia, o Orkut não era um produto criado pelo Google, mas sim comprado do desenvolvedor, o turco Orkut Büyükköktten, quando já estava operando e com muitíssimos usuários. Entretanto, o Orkut não conseguiu sobreviver a uma guerra por mercado com o Facebook.
E quando ele morreu, em 30 de setembro de 2014, a internet ficou mais uma vez sem uma rede social Google. Ou não, porque naquela época já estava no ar o Google Plus, desta vez uma rede social criada e desenvolvida na empresa. Só que poucos sabiam de sua existência e menos ainda a utilizavam.
O Google Plus foi um fracasso, e só ficou eventualmente no ar até abril de 2019 por teimosia dos dirigentes da empresa sediada em Mountain View, Califórnia. Aliás, vale a pena relembrar o artigo que publicamos sobre o fim do Google Plus.
Nova rede social Google chama-se Shoelace e pretende focar em comunidades bem delimitadas geograficamente.
Facebook é o rival mais forte
Bem, agora o Google tenta mais uma vez um app de rede social. Mas o interessante é que o próprio Google já teve uma ferramenta parecida com o novo Shoelace. Ela se chamava Schemer, que foi lançada em 2011 e retirada do mercado algum tempo depois.
Em suma, mesmo sem querer bater contra o Facebook, a nova rede social Google vai ter que superá-lo. Afinal de contas, todo mundo está no Facebook e nele organiza seus eventos. Ele pode não ter funcionalidades como um mapa mostrando a localização de diversos eventos, mas é fácil de usar e funciona. E, primordialmente, está consolidado na cabeça dos usuários.
A propósito, você não sabe como ver ou organizar eventos no Facebook? É bem simples: abra o app do Facebook, clique nas três barrinhas no alto à direita e depois em “Eventos”. Então, surgirá uma lista de acontecimentos que você pode manifestar interesse em comparecer ou ainda compartilhar. Igualmente há uma aba “Calendário”, onde seus eventos estarão listados. E na aba “Organizando” basta criar um novo evento, dar um nome e convidar os amigos.
Quer saber mais sobre as novidades do Google? Então, veja aqui matérias que já fizemos sobre a gigante da tecnologia. Você sabia que é possível pedir comida pelo Maps, sem usar aplicativo? E que o Google está desenvolvendo um carro autônomo? Não perca essas leituras bem instrutivas.
Cresceu o número de casas com acesso à internet. TIC Domicílios 2018 confirma expansão da banda larga por fibra e queda da demanda por xDSL.
A pesquisa TIC Domicílios 2018, publicada hoje, 28, estima que existam 46,5 milhões de casas com acesso à internet no Brasil, 67% do total. Houve um aumento em relação aos 61% registrado na edição de 2017. O acesso é universal nas casas de famílias das classes A (99%) e B (94%), mas é menor nas classes C (76%) e DE (40%).
O estudo mostra que houve uma inversão nos últimos três anos na proporção daqueles domicílios que se conectam via cabo ou fibra óptica e aqueles que acessam a rede via linha telefônica (xDSL). Em 2018, 10% dos domicílios conectados utilizaram a rede via DSL – em 2015, essa proporção era de 26%. Já o acesso via cabo ou fibra óptica passou de 24% (2015) para 39% (2018).
Na área urbana, o crescimento do uso de cabo e fibra óptica nos domicílios foi de sete pontos percentuais: de 34% (2017) para 41% (2018). “Os dados indicam um cenário de substituição das tecnologias adotadas pelos provedores de acesso à internet, assim como a expansão das redes de infraestrutura. Os pequenos provedores desempenham um papel importante na oferta do serviço de acesso à internet e na expansão dessa rede fora dos grandes centros urbanos”, avalia Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.
Segundo dados de outra pesquisa, a TIC Provedores 2017, 78% dos provedores disponibilizavam conexão via fibra óptica a seus clientes em 2017 (proporção que era de 49% em 2014).
Em sua 14ª edição, a TIC Domicílios realizou entrevistas em mais de 23 mil domicílios em todo o território nacional, entre outubro de 2018 e março de 2019 com o objetivo de medir o uso e apropriação das tecnologias da informação e da comunicação nos domicílios, o acesso individual a computadores e à Internet, atividades desenvolvidas na rede, entre outros indicadores.
A Qualcomm anunciou nesta terça-feira uma nova série de chips wi-fi projetados para funcionar com o Wi-Fi 6, a mais nova versão da tecnologia que a Qualcomm espera que ajude a aumentar as vendas de seus chips 5G.
Logotipo da Qualcomm aparece durante feira Mobile World Congress, em Xangai, China. 28/6/2019. REUTERS/Aly Song
Foto: Reuters
A Qualcomm é a maior fornecedora de chips para celulares, mas procura expandir-se para além disso, já que o mercado global de telefones se estagnou nos últimos anos.
A empresa de tecnologia tem investido em chips para automóveis, fones de ouvido, notebooks e outros dispositivos. Seus chips wi-fi são encontrados em dispositivos como os roteadores "mesh" fabricados pelo Google e projetados para ajudar a fornecer uma melhor cobertura em domicílios.
Com a nova série de chips wi-fi, a Qualcomm espera que suas duas linhas de negócios se unam um dia. Tanto o Wi-Fi 6, um novo padrão que deve ser totalmente implementado até 2022, quanto a tecnologia 5G diferem de seus antecessores, pois foram projetados para trabalhar mais próximos, permitindo que os roteadores wi-fi se conectem mais facilmente com celulares e outros dispositivos
que usam os dois tipos de rede.
Além disso, diferentemente da tecnologia 4G, onde as redes são de empresas de telecomunicações, a tecnologia 5G permitirá que as empresas construam suas próprias redes privadas para melhor conectar grandes instalações, fábricas e outros locais que permanecem difíceis de cobrir com o wi-fi.
Cristiano Amon, presidente da Qualcomm e chefe da divisão de chips, disse que a empresa espera um dia vender os chips das duas tecnologias para fabricantes de equipamentos de rede.
Após adquirir a Insomniac Games, presidente da Sony Worldwide Studios revela que empresa poderá oferecer alguns dos seus jogos como multiplataformas.
Quando a Microsoft revelou ao mundo que os seus jogos criados para o Xbox seriam lançados para o PC, confesso que não entendi muito bem a estratégia. Para mim, títulos exclusivos é aquilo que me faz decidir entre um console ou outro, mas a indústria estava mudando e a empresa enxergava mais vantagem em vender jogos, não apenas um videogame.
Com a aquisição recente de várias desenvolvedoras, algumas pessoas passaram a se perguntar se aquela postura seria mantida e embora nem tudo o que for criado por eles deva aparecer em outros videogames, recentemente o chefe da Microsoft Studios afirmou que o lançamento de títulos multiplataformas por parte deles poderá acontecer.
Já do outro lado dessa “guerra” estava a Sony, fabricante que há muitos anos se orgulha dos estúdios que possui e que parecia não gostar muito da ideia de ver os seus jogos em outros videogames.
Parecia. Ao conversar com o pessoal do Bloomberg, Shawn Layden revelou que a empresa está mais aberta à esta possibilidade do que muitos poderiam imaginar.
“Nós precisamos dar suporte à plataforma PlayStation — isso é inegociável… Isso dito, vocês verão no futuro alguns títulos lançados pela minha coleção de estúdios que poderão se inclinar para bases instaladas maiores.”
É bem verdade que o presidente da SIE Worldwide Studios não chegou a mencionar outros consoles, mas acredito que só a possibilidade de um dia vermos um Gran Turismo ou um Little Big Planet no PC já me parece algo muito animador. Também não podemos esquecer que não seria a primeira vez que jogos da Sony apareceriam nos computadores, já que títulos como Everquest e PlanetSide 2 já fizeram tal caminho.
Ainda assim, a declaração de Layden não poderia ter vindo em melhor hora, já que ontem foi anunciado que a Sony adquiriu a Insomniac Games. Tendo passado muitos anos desenvolvendo apenas para os videogames da empresa, na geração passada o estúdio buscou a ideia de games multiplataformas, quando criou títulos para o Xbox 360 (Fuse), para Xbox One (Sunset Overdrive), para o PC (Song of the Deep), para o Oculus Rift (The Unspoken e Edge of Nowhere) e até mesmo para o Facebook!
Contudo, a desenvolvedora manteve uma proximidade com a fabricante do PlayStation, parceria que deu origem a títulos como o Ratchet & Clank para PS4 e mais recentemente o elogiadíssimo Marvels
Spider-Man. Portanto, a surpresa deste anúncio não chega a ser a aquisição, mas percebermos que ela demorou tantos anos para acontecer.
Segundo o próprio Layden, a compra faz parte da vontade da Sony de continuar entregando jogos com forte apelo à narrativa, além de lhes proporcionar um ambiente onde os estúdios possam entregar “suas visões da vida e contar histórias que impactem as emoções e despertem o interesse nos jogadores.”
Vamos esperar então para ver quais jogos a Sony pretende adotar o modelo multiplataformas e se isso significará termos um Ratchet & Clank, por exemplo, no Switch (o que não acredito). De qualquer forma, o que eu gostaria mesmo de ver era o retorno da série Resistance. Nem que fosse na forma de uma coletânea remasterizada.
Novo recurso permite ouvir frases, saudações e até músicas gravadas por 50 falantes dos idiomas nativos
Fula, tuaregue, bamum, khowar: você já ouviu falar em algum desses idiomas? São todas línguas indígenas. Existem 2.680 dessas línguas, que representam um terço dos idiomas do mundo. As Nações Unidas elegeram 2019 como o Ano Internacional das Línguas Indígenas, e o Google Earth lançou um novo recurso para que elas sejam mais conhecidas.
MAIS DE 50 FALANTES DE LÍNGUAS INDÍGENAS GRAVARAM ÁUDIOS PARA AJUDAR A PRESERVAR OS SEUS IDIOMAS (FOTO: DIVULGAÇÃO)
Com áudios de mais de 50 falantes, a plataforma permite clicar em um mapa e ouvir saudações, músicas, palavras ou frases no idioma nativo do lugar selecionado.
O projeto teve a ajuda de educadores que falam essas línguas – entre eles, Tania Haerekitera Tapueluelu Wolfgramm, que pertence aos povos Maori e Tongan. “Centenas de idiomas estão a poucos dias de nunca mais serem falados ou ouvidos”, afirmou Wolfgramm. “Colocando as línguas indígenas no cenário global, reivindicamos nosso direito de falar sobre nossas vidas, com nossas próprias palavras.
Isso significa tudo para nós", disse.
CELEBRAÇÃO DAS LÍNGUAS INDÍGENAS, NOVO RECURSO DO GOOGLE EARTH (FOTO: DIVULGAÇÃO)
Brian Thom, professor da Universidade de Victoria, no Canadá, também ajudou na iniciativa, mapeando terras indígenas junto às comunidades locais de seu país. Ele pediu a Yutustanaat Mandy Jones, membro da comunidade indígena canadense Snuneymuxw First Nation, que gravasse seu idioma nativo, o hul q umi num .
Outro participante nas gravações foi Wikuki Kingi, que gravou cânticos tradicionais em Te Reo Maori, uma língua da Polinésia Oriental nativa da Nova Zelândia. “Falar Te Reo Maori me conecta com meus parentes, com a terra, os rios e o oceano, e pode me levar a outro tempo e lugar”, disse.
À DIREITA, YUTUSTANAAT, DE SNUNEYMUXW FIRST NATION, GRAVA A LÍNGUA HU L Q UMI NUM COM A ALUNA BEATRIX TAYLOR. NA GRAVAÇÃO, A PROFESSORA DA UNIVERSIDADE DE VICTORIA DIZ: I CH O UY UY "UL" OU "COMO VAI VOCÊ?". (FOTO: BRIAN THOM/ DIVULGAÇÃO)
Apesar de existirem quase 200 línguas indígenas no Brasil, apenas uma delas aparece na plataforma: o idioma Sanöma, da família linguística do Yanomami. Ele é usado por 6 mil pessoas no Brasil e na Venezuela.
Se você curtiu a proposta, fique de olho: é possível preencher um
formulário para se candidatar a gravar áudios para a próxima versão do projeto do Google Earth. Quem sabe assim o Brasil não é mais representado?