Dados preliminares de uma pesquisa inédita sobre segurança na internet, realizada pela SaferNet, apontam que 53% dos pais nunca se sentem seguros com o que os filhos acessam na rede. Essa insegurança se deve, principalmente, ao medo de que as crianças sejam vÃtimas de abusos on-line, como aliciamento, de acordo com o diretor de prevenção da ONG, Rodrigo Nejm.
A advogada Camilla do Vale Jimene, especialista em direito eletrônico, atribui esse fenômeno a uma questão cultural. "Os pais ainda estão aprendendo a se comportar nesse meio. Por outro lado, seus filhos nasceram com acesso à internet, mas não têm quem os eduque."
O levantamento mostra que 11% dos internautas foram vÃtimas de algum tipo de chantagem na internet, sendo que 50% dos jovens já acessaram conteúdos que consideram impróprios para sua idade. Quando se cadastram em páginas de relacionamento, 69% dos meninos e meninas revelam que o fazem sozinhos em casa, sem supervisão de um responsável, mesmo que os sites sejam proibidos para menores de 18 anos.
Para Nejm, não se pode afirmar que a tecnologia aumentou o número de crimes, mas que ela facilitou a prática, principalmente por causa da sensação de anonimato. A advogada explica, porém, que a legislação já abarca 95% dos crimes cometidos por meio da rede.
A pesquisa, que deve ser lançada oficialmente em outubro, é baseada em dois questionários --um destinado aos pais e outro especÃfico para crianças e adolescentes. Ambos estão disponÃveis até o dia 30 no site www.safernet.org.br.
Assistir a vÃdeos na internet já não é como antes. Filme na rede deixou de ser sinônimo de YouTube. Ao reencarnar nas redes sociais, no celular, no e-mail, em blogs, em canais de TV on-line ou em programas populares como o iTunes, o vÃdeo assume um caráter Ãntimo e quase onipresente --há até serviços que documentam rotinas e gostos pessoais.
Sites que concentram clipes amadores e que permitem organização precisa de vÃdeos ganharam espaço ao se mesclares com outros formatos populares da rede, fazendo o YouTube parecer um bagunçado arquivo de imagens.
O Kyte (www.kyte.com), por exemplo, é um serviço que permite a qualquer pessoa fazer transmissões ao vivo com uma câmera de aparelho celular diretamente para um canal pessoal hospedado no site.
O canal ainda pode ser inserido em redes sociais, como MySpace e Facebook, ou acompanhado de outro aparelho celular. O serviço ganhou popularidade entre os fãs de rap ao transmitir vÃdeos de bastidores da turnê do cantor americano 50 Cent feitas por meio do próprio celular do artista.
MicrovÃdeos
Enquanto no Kyte o vÃdeo on-line invade os territórios de canais de TV e celulares, no 12seconds (12seconds.tv) a invasão se dá no ainda pouco explorado mundo dos microblogs, como o Twitter.
No site, pessoas carregam vÃdeos com duração de 12 segundos para dizer ou mostrar o que estão fazendo naquele instante. A similaridade entre Twitter e 12seconds é tão grande que muitos posts no primeiro já carregam link para os minivÃdeos do segundo.
Focando em gostos, a SonicSwap (www.sonicswap.com) coloca o vÃdeo mais perto do iTunes. A rede social construÃda dentro do aplicativo da Apple busca na internet, principalmente no YouTube, vÃdeos para todas as listas de canções do usuário. Assim, o iTunes se torna uma biblioteca de vÃdeos previamente determinada pelo gosto musical do seu dono.
Já o Blinkx (tv.blinkx.com) entra no campo de batalha dos buscadores e também dá atenção a gostos pessoais.
O serviço é conta com uma ferramenta de pesquisa de episódios inteiros de programas de TV encontrados gratuitamente na rede. É possÃvel encontrar desde "Os Simpsons" até "Barrados no Baile" na Ãntegra e com alta qualidade de imagem.
A troca de torpedos pelo celular na direção atrapalha mais os motoristas do que se estivessem sob o efeito de álcool ou drogas, sugere um estudo publicado nesta quinta-feira em Londres.
A pesquisa, conduzida por especialistas da RAC Foundation, que trabalha com segurança dos motoristas, em parceria com o Laboratório de Pesquisas do Trânsito (TRL, na sigla em inglês), foi realizada a partir da análise de 17 motoristas com idade entre 18 e 24 anos.
Os pesquisadores usaram simuladores de direção no trânsito para avaliar o impacto que escrever ou ler torpedos exerce no modo como os motoristas dirigem.
Segundo os resultados, as reações dos motoristas foram 35% mais lentas quando dirigiam enquanto escreviam ou liam mensagens de texto pelo celular.
Além disso, a capacidade de controle no volante foi prejudicada em 91% e a habilidade em manter a distância com relação aos outros carros também caiu.
Pior que o álcool
De acordo com o estudo, o impacto dos torpedos nos motoristas é maior do que o provocado por drogas ou álcool.
Resultados de pesquisas anteriores haviam demonstrado que as reações ficavam cerca de 21% mais lentas entre motoristas que dirigiam sob o efeito da maconha e 12% mais lentas entre os motoristas que haviam bebido além do limite considerado legal na Grã-Bretanha.
Segundo os pesquisadores, em situações reais de trânsito, esses efeitos aumentariam de forma significativa o risco de acidentes.
"Quando trocam torpedos, os motoristas são distraÃdos ao tirar a mão do volante para usar o celular, ao tentar ler textos pequenos no visor do celular e ao pensar em como escreverão suas mensagens", diz Nick Reed, pesquisador do TRL.
Ele explica ainda que "essa combinação de fatores resulta em uma diminuição na capacidade de reação e de controle do veÃculo que colocam o motorista em um risco maior do que se estivesse consumido álcool no limite legal para direção."
Alerta
Os pesquisadores da RAC Foundation decidiram avaliar o impacto dos torpedos na direção depois que um estudo realizado no inÃcio do ano revelou que a prática do envio e leitura de mensagens no volante é comum entre os motoristas britânicos.
A pesquisa, pesquisa realizada pela TRL no inÃcio do ano com cerca de 3 mil motoristas, revelou que 48% assumiram que enviam e recebem torpedos enquanto dirigem.
Depois de avaliar o impacto dos torpedos na direção, os pesquisadores pedem um investimento urgente do governo em uma campanha para educação no trânsito direcionada a alertar os motoristas sobre os riscos de enviar ou ler torpedos na direção.
O diretor da RAC Foundation, Stephen Glaister, afirma que na opinião da maioria dos participantes do estudo, dirigir bêbado era a prática mais perigosa no trânsito.
"No entanto, os resultados mostram que o motorista que envia torpedos enquanto dirige é muito mais incapacitado do que aquele que bebeu além do limite legal de álcool", disse Glaister.
"Nenhum motorista responsável bebe e dirige. Precisamos garantir que os acostumados em enviar e ler torpedos entendem que essa prática é uma das mais arriscadas que alguém pode ter enquanto dirige um automóvel", conclui.
Dados preliminares de uma pesquisa inédita sobre segurança na internet, realizada pela SaferNet, apontam que 53% dos pais nunca se sentem seguros com o que os filhos acessam na rede. Essa insegurança se deve, principalmente, ao medo de que as crianças sejam vÃtimas de abusos on-line, como aliciamento, de acordo com o diretor de prevenção da ONG, Rodrigo Nejm.
A advogada Camilla do Vale Jimene, especialista em direito eletrônico, atribui esse fenômeno a uma questão cultural. "Os pais ainda estão aprendendo a se comportar nesse meio. Por outro lado, seus filhos nasceram com acesso à internet, mas não têm quem os eduque."
O levantamento mostra que 11% dos internautas foram vÃtimas de algum tipo de chantagem na internet, sendo que 50% dos jovens já acessaram conteúdos que consideram impróprios para sua idade. Quando se cadastram em páginas de relacionamento, 69% dos meninos e meninas revelam que o fazem sozinhos em casa, sem supervisão de um responsável, mesmo que os sites sejam proibidos para menores de 18 anos.
Para Nejm, não se pode afirmar que a tecnologia aumentou o número de crimes, mas que ela facilitou a prática, principalmente por causa da sensação de anonimato. A advogada explica, porém, que a legislação já abarca 95% dos crimes cometidos por meio da rede.
A pesquisa, que deve ser lançada oficialmente em outubro, é baseada em dois questionários --um destinado aos pais e outro especÃfico para crianças e adolescentes. Ambos estão disponÃveis até o dia 30 no site www.safernet.org.br.
Um estudo divulgado nesta quarta-feira (10) indica que 7 milhões de pessoas têm o hábito de fazer compras pela internet no Brasil, o que representa 3,7% da população. Com isso, o paÃs tem o maior número de consumidores na internet, em termos absolutos, na América Latina e Caribe --na análise percentual, porém, está atrás de locais como Costa Rica, Porto Rico e Colômbia.
A pesquisa, realizada pela AmericaEconomia Intelligence, a pedido da empresa de cartões de crédito Visa, leva em conta dados de 2007 na América Latina e Caribe.
O paÃs com maior percentual da população consumidora na internet é o Chile, com 12,7% das pessoas usando a rede para compras, seguido por Porto Rico (11,6%), Peru (9,8%), Costa Rica (7,5%), Argentina (5,2%) e Colômbia (4%). O Brasil está em sétimo, com 3,7%, mesmo Ãndice de El Salvador.
Apesar disso, o Brasil é responsável pelo maior volume de compras na internet. No ano passado, foram US$ 4,89 bilhões, um crescimento de 116% em relação a 2005, e um recorde na região. O paÃs foi o responsável por 45% das "e-compras" em 2007 na região.
De acordo com a pesquisa, o aumento se deve principalmente pelo crescimento econômico, avanços na tecnologia, aumento do uso de cartões de crédito e mudanças no comportamento do consumidor.
Para sustentar esses Ãndices, o Brasil "precisa ter um pouco mais de atenção ao que se refere à necessidade de aumentar o investimento em infra-estrutura digital para suportar a grande crescente do mercado", dizem os pesquisadores. Os recentes problemas nas vendas de ingressos para shows são uma prova disso.