Depois de gastar tempo escolhendo a configuração ideal do seu laptop, chega a hora de protegê-lo. O mercado oferece inúmeras opções --desde tradicionais mochilas feitas em náilon até pastas coloridas, que apostam em design diferenciado.
O consumidor encontra opções para para decidir entre segurança, durabilidade e estilo. O primeiro passo para a compra consiste em saber como você quer proteger o computador portátil. Se você viaja muito, por exemplo, é indicado adquirir uma espécie de mala com rodinhas --elas costumam ser resistentes por fora e acolchoadas por dentro e ainda têm aberturas na parte de cima que facilitam o acesso ao portátil.
Para quem quer levar o escritório nas costas, mochilas confeccionadas em materiais como náilon são recomendadas. Geralmente, elas comportam laptop, cabos, dispositivos como pendrives e ainda têm compartimentos e divisões para documentos e celulares.
Antes de escolher esse tipo de proteção, verifique se as alças são ajustáveis e têm revestimento confortável. O peso é outro fator importante.
"O consumidor deve experimentar de fato o produto, para ver o que o incomoda", afirma Yury Wilker, diretor da Office MÃdia, que distribui produtos da Targus. "Nas costas da mochila, deve verificar a forração, o material, ver se é dry fit --que proporciona uma secagem mais rápida do suor."
O tamanho da bolsa tem que corresponder ao tamanho do laptop --não é seguro deixá-lo folgado, por exemplo. E não queira fazer um portátil de 17 polegadas caber numa bolsa para um de 15,4 polegadas --é uma tarefa ingrata.
Fashion
Para quem quer uma proteção mais casual, pastas com estampas de bolas, listras e até borboletas deixam tudo mais colorido. Um material bastante usado nesse tipo de produto é o neoprene, que tem uma textura emborrachada --ideal para proteger o laptop de quedas.
"Na hora da compra, o consumidor tem que ver se o produto é feito especificamente para laptops, por conta da durabilidade, da costura reforçada", diz Evelyn Maldonado, subgerente da Papel Craft. "Tem gente que leva pastas comuns, para papel, com o intuito de disfarçar o computador. Isso é arriscado."
Ecológico
A onda de proteção ambiental também chega às bolsas para laptop. No exterior, diversas lojas usam materiais reciclados para desenvolver produtos ecologicamente corretos.
Tem até modelos feitos com cânhamo --as fibras da planta de onde também se extrai a maconha--, como a Hemp Laptop Bag ( www.thehempshop.co.uk). DisponÃvel nas cores chocolate, cinza, rosa e cáqui, a bolsa acomoda laptops de até 17 polegadas.
Os usuários da internet estão ficando mais cruéis e egoÃstas, afirma o especialista em usabilidade Jakob Nielsen.
O diretor da Nielsen Norman Group, especializada em consultoria sobre usabilidade, comentou os resultados do relatório anual da empresa sobre os hábitos dos usuários da internet e afirmou que as pessoas estão menos pacientes na hora de navegar.
Segundo Nielsen, a mudança no comportamento dos usuários pode ser confirmada com base em diversos dados levantados pelo relatório.
O primeiro deles está relacionado com o sucesso dos usuários em conseguir atingir suas metas quando estão on-line. Os dados de 2008 indicam que este o sucesso foi de 75%, comparados com 60% em 1999.
Isso indicaria que os usuários estão indo "diretamente ao ponto", ao invés de ficar navegando "à deriva" pelos sites.
Nielsen afirma ainda que outro indicativo do "egoÃsmo" dos usuários estaria relacionado aos sistemas de busca.
Segundo o documento, em 2004, 40% das pessoas visitavam primeiro a página principal de um site e depois navegavam até onde estava a informação que procuravam. Atualmente, 60% dos usuários usam um link que os leva diretamente para a página que procuram dentro de um site.
O relatório de 2008 aponta que apenas 25% das pessoas navegam via a página principal de um site, o restante usa mecanismos de busca e chega diretamente ao destino de interesse.
Batata quente
Para Nielsen, os dados indicam que a maioria dos usuários quer acessar um determinado site rapidamente, completar uma tarefa e sair.
Ele ressalta ainda que grande parte dos usuários ignora os esforços dos designers dos sites para que eles passem mais tempo navegando no site e que suspeitam das promoções criadas para chamar a atenção.
Em entrevista à BBC News, o especialista afirmou que os usuários se comportam como se estivessem segurando uma "batata quente" --apenas querem completar uma tarefa, o mais rápido possÃvel.
"As pessoas querem sites que vão direto ao ponto, elas têm pouca paciência", disse.
"Apesar de os designers terem melhorado, os usuários também se habituaram com o ambiente interativo", afirmou.
"Agora, quando estão on-line, as pessoas sabem o que querem e como fazer para achar", explicou o especialista.
Impacientes
De acordo com ele, esse comportamento deixa os usuários mais resistentes à s promoções e outras escolhas editoriais que tentam distraÃ-los.
Apesar disso, Nielsen afirma que os sites ainda não vislumbraram esta realidade.
"Os designers e proprietários dos sites ainda pensam que possuem um site especial e interessante e que as pessoas ficarão felizes com tudo o que for jogado para elas", afirmou.
Nielsen destaca que os usuários estão ficando cada vez mais frustrados com todos os extras, como sinais sonoros e outras aplicações que estão sendo adicionadas ao sites para tornar suas interfaces mais amigáveis.
Segundo ele, esses adicionais apenas fazem com que a página demore a carregar e aumenta a impaciência dos usuários com relação ao site.
O especialista ressalta que, nesse contexto, os mecanismos de busca "basicamente dominam a rede".
"A longo prazo, qualquer um que quiser ultrapassar o Google tem apenas que fazer um sistema de busca melhor", concluiu.
Sexta-feira é um dia longo para os fãs do seriado "Lost". Isso porque eles passam a noite de quinta esperando a exibição, nos Estados Unidos, do episódio mais recente da trama.
Assim que termina mais uma aventura de Jack, Kate e sua turma, fãs do seriado se desdobram para colocar o arquivo na internet --principalmente por meio de programas de torrent, que centralizam e direcionam as informações de milhares de microcomputadores.
Com base na cooperação, usuários se articulam em sites para fazer downloads e uploads de suas séries preferidas; outros ficam responsáveis pelas legendas no Legendas.TV, por exemplo, apenas uma versão das legendas de "Lost" chega a mais de 50 mil downloads.
Em sites como o www.mininova.org são disponibilizados os arquivos. Em três dias, o torrent mais popular com um episódio da série pode ultrapassar os 300 mil downloads.
"A velocidade de informação é impressionante. O que vai ao ar hoje nos EUA, amanhã já está no meu computador com legenda em português do Brasil com qualidade que nenhuma emissora da TV paga tem", diz Daniel Barcelos, que mantém o blog Série ManÃacos.
Para Ale Rocha, editor do Poltrona TV, o crescimento da audiência de séries de TV na internet se deve a uma deficiência dos canais pagos no Brasil. "Eles demoram muito para lançar uma série. Há casos de séries que já chegaram ao paÃs em DVD, mas não foram exibidas ainda pela televisão", afirma.
Outro problema que afasta o telespectador da TV são as legendas. "Tem muito erro de português, erro de sincronização. As legendas feitas por fãs são mais caprichadas."
O aumento no número de domicÃlios com acesso à conexão banda larga também é apontado como fator que contribui para a prática. "Hoje, com velocidade de 2 Mbps, você consegue baixar um episódio em 40 minutos", diz Rocha.
Para a estudante Gisele Ramos, que escreve no Blog na TV, o principal motivo se deve à facilidade de assistir ao que quiser, quando quiser. "Posso montar minha programação. Como eu trabalho, estudo, tenho filhos e outros compromissos, não consigo me adaptar a um horário fixo para assistir aos meus programas favoritos."
IrreversÃvel
O interesse dos fãs pelos seriados é positivo, na opinião de Paulo Barata, diretor do Universal Channel --o canal pago exibe séries de sucesso, como "Heroes" e "House". "É muito bom que a gente lide com um produto que gera esse tipo de fidelidade, que esteja associado a um conteúdo pelo qual as pessoas façam esse esforço", diz.
O canal mantém quatro blogs. "As mÃdias se complementam. O fato de as pessoas verem na internet antes ajuda na divulgação. Parte do esforço promocional acontece nesse momento do boca-a-boca digital."
O número de usuários que acessam a internet via dispositivos móveis vai ultrapassar os que acessam de forma convencional, como em casa ou em LAN houses. É o que afirma o diretor de desenvolvimento de negócios do Google Brasil, Leonardo Tristão, baseado em pesquisas da empresa de internet.
Tristão participou ontem (13) da 7ª edição do Tela Viva Móvel, evento que reúne as principais empresas de serviços e entretenimento móvel. Durante o encontro, representantes de empresas como Google, Yahoo!, Claro e Nokia apresentaram sua visão a respeito da mobilidade na era do iPhone.
Para o diretor do Google, o telefone da Apple é justamente um dos responsáveis pela expansão do acesso à internet via celular. "O iPhone explodiu o acesso de internet móvel por conta de sua usabilidade", afirma Tristão. Ele não dá uma data para a ultrapassagem da web móvel sobre a convencional.
O prognóstico do Google também é compartilhado por Valter Wolf, da Nokia Siemens Network, empresa resultante da fusão do grupo Siemens e da fabricante Nokia para as atividades de infra-estrutura e serviços de redes de comunicação.
Segundo pesquisa da empresa que deve ser divulgada no próximo mês, apenas 6% dos cerca de 125 milhões de usuários de celulares no Brasil utilizam a internet pelo aparelho. "Quando este número chegar a patamares maiores, como 20%, teremos um universo bastante significativo", afirma Wolf.
Segundo a Ibope/NetRatings, o total de internautas ".br" que acessam de pontos fixos é de 40 milhões de pessoas.
Wolf estima que a mudança deve ocorrer em cerca de cinco anos, sendo influenciada pela popularização da tecnologia 3G. "Usuários querem ter no celular os mesmos serviços de internet que têm no PC", diz.
Os órgãos de defesa do consumidor afirmam que o cliente pode pedir a devolução do dinheiro pago pelo conversor ou a TV com o aparelho já embutido que não funcionar na sua casa por estar em uma área de sombra de recepção do sinal.
Luiz Moncau, advogado do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), diz que o varejista tem a responsabilidade de, na hora da venda, informar ao consumidor todos os problemas que podem ocorrer, pois ele "não tem obrigação de saber". "O direito à informação está previsto na lei."
No entanto, se o cliente estiver ciente dos empecilhos à recepção e ainda assim comprar o aparelho, o ressarcimento deixa de ser obrigatório. Por isso, a recomendação é que o consumidor só adquira o equipamento se a loja se comprometer a devolver o dinheiro. "Não vale a pena correr o risco."
Maria Inês Dolci, da Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), concorda que o varejista deve dar as informações necessárias, mas ressalta que o fabricante também deve colocá-las no manual do produto.
Mesmo que varejistas e fabricantes não sejam os "culpados" pela falta de recepção do sinal, Eduardo Zuliani, diretor da Fundação Procon-SP, argumenta que o prejuÃzo não pode ficar com o consumidor "porque o produto é inadequado ao fim a que se destina".
Segundo os grandes varejistas procurados pela reportagem --Grupo Pão de Açúcar, Wal-Mart, Carrefour, Casas Bahia, Ponto Frio e Fnac--, ainda não houve pedidos de ressarcimento.