Nicholas Negroponte, professor do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e fundador do projeto "Um Laptop por Criança", rebateu ontem críticas feitas pela Microsoft e pela Intel ao laptop de US$ 100, que deve ser distribuído a estudantes de países em desenvolvimento.
No encontro LinuxWorld, sobre programas de código aberto, Negroponte disse que, "quando a Intel e a Microsoft te criticam, você sabe que está fazendo algo certo".
"O laptop de US$ 100 é um projeto educacional, e não um projeto para um laptop", disse o professor. Ele disse também que a Microsoft está trabalhando para desenvolver uma versão do Windows CE que rode no laptop. "Então para que nos criticar em público?"
Bill Gates, da Microsoft, havia criticado o laptop por ter uma tela muito pequena e por não ter um disco rígido.
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A Microsoft anunciou nesta segunda-feira a segunda fase de um projeto para a aquisição de computadores "pré-pagos". O sistema "pague o quanto usa" foi iniciado em abril de 2005, quando a rede varejista Magazine Luiza vendeu 1.000 destas máquinas em 15 cidades do interior de São Paulo. Nesta segunda fase são mais 1.000 máquinas (veja como comprar.)
Segundo a Microsoft, este sistema é possível por conta de uma combinação de software e hardware chamada FlexGo. Ela funciona com fichas de crédito, também vendidas no Magazine Luiza, que liberam o uso da máquina. O tempo de uso disponível aumenta toda vez que o usuário compra um novo cartão e digita seu código.
A iniciativa com foco na inclusão digital permite que o consumidor financie junto ao HSBC cerca de 50% do valor do computador no ato da compra. O restante será pago com esses cartões, que liberam o uso do PC até a conclusão de seu pagamento. Os cartões irão variar de 1 a 120 horas, sendo que o valor de cada hora ainda não foi definido.
O Microluiza Pré-Pago, que faz parte deste programa, tem processador de 1,1 GHz, 512 MB de memória, HD de 40 GB, gravador de CD, leitor de DVD, monitor de 17 polegadas, placa de rede, teclado, mouse e sistema operacional Windows XP Home.
"Há mais de 1 bilhão de celulares pré-pagos no mundo atualmente. Este modelo de pagamento já é bem conhecido, adequado e dá bons resultados", afirmou Will Poole, executivo da Microsoft. Nos próximos meses, este novo sistema também estará disponível na Índia, México, Rússia e China.
Entre os parceiros da Microsoft para esta iniciativa estão Intel, AMD, Lenovo e HSBC Brasil, entre outros.
Cerca de 73% dos internautas norte-americanos com mais de 18 anos afirmam monitorar suas contas correntes em busca de
movimentações suspeitas. Esta "vigilância" é apontada como a medida mais popular para evitar roubo de identidade, segundo um
estudo da Harris Interactive feito em parceria com a edição on-line do "Wall Street Journal".
Nesta lista de prevenções também aparecem alternativas como limitar as compras feitas on-line (30%), limitar as transações
financeiras feitas via internet (24%) e contratar um serviço de monitoramento de crédito (8%). Dos 2.120 entrevistados, 8%
dizem não ter adotado nenhuma medida para prevenir o roubo de identidade.
Quando piratas virtuais conseguem obter informações confidenciais de internautas, podem se passar por estas pessoas
realizando, por exemplo, transações financeiras não-autorizadas.
Para fazerem isso na internet, geralmente utilizam um golpe conhecido como phishing scam, baseado em e-mails fraudulentos que
sugerem downloads ou visitas a sites maliciosos. Quando o internauta segue as sugestões, baixa involuntariamente em seu
computador um software espião que repassa dados a pessoas mal-intencionadas.
Cerca de 83% dos adultos norte-americanos já receberam mensagens suspeitas em nome dos bancos nos quais têm contas. Destas
vítimas em potencial, 52% apagaram as mensagens, 39% entraram em contato com as instituições financeiras para confirmar a
procedência do e-mail e 3% admitem ter clicado no link sugerido.
SÃO PAULO - A farra das comunidades do Orkut pode estar perto do fim. Por bem ou por mal. Quem avisa é o Ministério Público
Federal, que vai pedir à Justiça a abertura de inquéritos policiais para investigar a ausência do Google na prestação de
informações sobre os crimes contra os direitos humanos cometidos por comunidades do seu site de relacionamento Orkut.
Procuradores também ameaçam entrar com uma ação civil pública que pode resultar em multas e até na "desconstituição" da
empresa no Brasil, hoje com escritório de representação para fins comerciais.
Segundo o procurador Sérgio Suiama, a diretoria do Google poderá ser responsabilizada por desobediência judicial,
favorecimento ao crime e participação, como co-autora, na divulgação de pornografia infantil, já que o Orkut hospeda
comunidades com conteúdo desse tipo. Uma reunião entre o MPF e a diretoria da empresa no Brasil estava agendada para
terça-feira, 16, mas foi cancelada pelo Google Brasil. "Em virtude da recusa desse Ministério Público Federal em realizar uma
discussão mais abrangente, com a participação de todos os entes relacionados ao tema", argumentou o site.
Google se refere à Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, com a qual o vice-presidente de
Desenvolvimento Empresarial e Assessor Jurídico da Google Inc., David Drummond, esteve reunido em 26 de abril deste ano para
debater sobre o assunto. Na reunião, o Google se comprometeu a colaborar com as autoridades brasileiras nas investigações. Na
época, Drummond disse que um grupo de advogados do site viria ao Brasil em duas semanas para discutir a forma de colaboração.
Em nota divulgada na quarta-feira, representantes do Google Inc. confirmaram presença em outra reunião convocada pela
comissão na próxima terça-feira, em Brasília. "Acreditamos que podemos desenvolver um diálogo produtivo no Brasil em conjunto
com todas as partes envolvidas e mantemos nosso compromisso de, continuamente, desenvolver ferramentas que permitem aos
moderadores de comunidades suprimir usuários anônimos e conteúdos impróprios e estamos à disposição para responder a todas as
perguntas relacionadas ao Orkut", informou a nota.
O documento ressaltou ainda que o escritório de representação no Brasil não pode prestar esclarecimentos sobre o conteúdo
ilegal pois o Orkut está hospedado em servidores nos Estados Unidos. "Reitera que o Orkut é um serviço do Google Inc., cuja
operação está fisicamente baseada nos Estados Unidos e Reino Unido. O Google Brasil é um escritório de vendas que nada tem a
ver com as operações do Orkut, não tem acesso às suas informações e não tem controle sobre o serviço."
Pedofilia
"O Orkut é um paraíso para os pedófilos, para distribuir fotografias, fazer convites, achar dados e endereços das crianças",
afirmou Thiago Tavares, presidente da ONG Safernet, que recebe as denúncias de sites com conteúdo criminoso, como racismo,
nazismo, homofobia e principalmente pedofilia infantil, hoje a primeira no ranking.
Há no próprio Orkut um mecanismo para denunciar uma comunidade. Desta forma, ela é retirada do ar. "Mas queremos que ela seja
retirada do ar e preserve as provas do crime. Com exceção do Google, todos os outros provedores têm feito isso", esclareceu
Tavares.
Até agora, o MPF pediu a quebra de 17 sigilos de dados telemáticos referentes a 22 comunidades do Orkut, sendo que 12 foram
aceitos pela Justiça. O Google forneceu informação de apenas uma até agora. Outras quatro quebras deverão servir de apoio
para a abertura de inquérito policial. Na mira do Ministério Público ainda estão outros 28 perfis e duas comunidades.
Em abril, os internautas brasileiros com acesso doméstico à internet navegaram, em média, 19 horas e 26 minutos durante o
mês. A informação tem como base estatísticas do Ibope//Netratings.
Com este período médio de conexão --recorde da internet brasileira--, o mês de abril superou em dois minutos os resultados de
março (19 horas e 24 minutos). Este resultado também garantiu ao Brasil a liderança de uma lista da qual participam outros
dez países --o Japão ficou em segundo lugar (18 horas e sete minutos) e a França, em terceiro (17 horas e 50 minutos).
Em abril, no entanto, o número de brasileiros conectados em suas residência apresentou queda: 13,4 milhões contra 14,1 milhão
em março. Um dos motivos para esta diminuição --acompanhada pela queda na audiência de sites-- foram os diversos feriados de
abril.
"Como a internet tem grande parte de seu público ainda concentrado nas classes A e B, portanto com poder aquisitivo acima da
média nacional, feriados acabam tirando as pessoas de casa, diminuindo as oportunidades residenciais de acesso à web",
explica Alexandre Sanches Magalhães, coordenador de análise do Ibope Inteligência.