SÃO PAULO - As mesmas portas USB que servem para ligar câmeras digitais, teclados e mouses podem ser usadas para roubar dados e representam um sério risco de segurança para as empresas brasileiras, segundo consulta a especialistas de segurança entrevistados pela reportagem do Estado.
A maioria delas, com exceção de poucas companhias de vanguarda na área financeira, não faz qualquer tipo de monitoramento ou bloqueio destas conexões. "Com um iPod e um ambiente desprotegido, dá para copiar todo o backup de um servidor em questão de minutos", alerta José Antunes gerente de engenharia da empresa de segurança McAfee.
Se isso serve de consolo, as organizações brasileiras estão em pé de igualdade com a base aérea de Bagram, no Afeganistão, como flagrou o repórter Paul Watson. Em reportagem publicada no jornal Los Angeles Times, ele descreve como encontrou pen drives à venda em bazar próximo à base aérea, contendo informações de agentes norte-americanos em ação no paÃs.
Segundo o relato, os pequenos chaveiros de memória haviam sido roubados na própria base e estavam à venda por cerca de US$ 40, praticamente o preço do hardware, sem levar em conta o valor da informação contida nos dispositivos.
Nos EUA, o relato causou furor e uma série de matérias com o foco: como proteger as organizações dos riscos associados às portas USB contidas nos micros das empresas e prevenir o roubo de informações.
Capacidade
O roubo de dados por meio de agentes internos não é novidade para o mundo empresarial. Quando o disquete de 3,5 polegadas era a mÃdia mais comum para transporte de dados, já havia soluções que barravam seu funcionamento impedindo um usuário de copiar dados sigilosos.
É bem verdade, que os 1,44 MB de então nem se comparam ao estrago que 1 GB de capacidade de um pen drive (os chaveiros de memória) ou aos 60 GB que um tocador digital como o iPod pode apresentar. Só para se ter uma idéia, um chaveiro com 1 GB de capacidade custa menos de R$ 200 no Brasil
Segundo Antunes, a maioria das empresas não toma medidas restritivas quanto à s portas USB por puro desconhecimento. "Os gerentes de tecnologia estão mais acostumados aos problemas com vÃrus e ataques de hackers", explica.
"O grande problema da segurança no ambiente corporativo é que, como no caso dos vÃrus, hackers e outras falhas, o problema das portas USB só é resolvido a reboque, de forma reativa", alerta Carlos Affonso, diretor da filial de São Paulo da consultoria de segurança Módulo.
Uma saÃda para as companhias que querem proteger dados sensÃveis é criar restrições quanto ao uso destas entradas nas máquinas. "Uma alternativa para as empresas é alterar as propriedades das portas USB nos micros, para que os usuários só possam copiar arquivos para os micros, mas sejam proibidos de copiar qualquer coisa do PC para outro dispositivo", diz Gustavo Montesdioca, gerente de contas técnicas da Trend Micro.
Entrada de vÃrus
O roubo de dados não é, claro, o único problema associado à s portas USB. Conforme os pen drives e discos removÃveis são usados em vários micros no ambiente externo, podem ser também uma porta de entrada para programas espiões e vÃrus.
"É por conta disso que a simples barreira do Windows, de travar a gravação de dados pode não ser suficiente para garantir a integridade das redes empresariais. Pode ser necessário usar uma camada adicional de software, só para monitorar o que a pessoa faz nas portas USB dos micros", diz Antunes.
Também existe a opção de bloquear totalmente as portas USB, mas isso implicaria em também abrir mão do benefÃcio de poder conectar a grande variedade de acessórios que usam a conexão.
"Uma coisa é certa, o controle das portas USB nas organizações é inevitável em grandes corporações, especialmente aquelas em que a informação é um ativo mais sensÃvel, como no setor financeiro ou de projetos", afirma Antunes. Segundo ele, já existem soluções de software que geram um registro do uso das portas USB, possibilitando monitorar o acesso a dados sigilosos e outras informações de valor.
Mas isso também só adianta se a empresa empreender algum tipo de controle. "Não adianta nada registrar as atividades se a empresa não fizer algum tipo de auditoria", comenta Affonso. Mas ele acrescenta que é melhor ter esse trabalho a arriscar deixar desprotegidos os acervos digitais das companhias.
Com mais de 1 bilhão de internautas e 2 bilhões de usuários de telefones celulares, o mundo está cada vez mais preparado para a internet e a exclusão digital vêm diminuindo pouco a pouco, segundo um relatório britânico.
A maioria dos paÃses presentes na lista publicada há sete anos pelo Economist Intelligence Unit --mesmo grupo da revista "The Economist"-- conseguiu em 2006 pontuações melhores dos indicadores sobre desenvolvimento tecnológico.
O estudo utiliza cerca de cem critérios quantitativos e qualitativos, organizados em seis categorias, como a conectividade e a infra-estrutura tecnológica, o ambiente para os negócios, a adoção das novas tecnologias por empresas e particulares, a legislação e os serviços eletrônicos de apoio.
O mais importante, em termos relativos e absolutos, são os maiores progressos no final da lista, o que representa uma redução na distância entre os paÃses.
Pontuação
A Europa lidera a lista de preparação tecnológica para a era digital, com a Dinamarca em primeiro lugar (9 pontos em um total de 10), seguida por Estados Unidos (8,88), SuÃça (8,81), Suécia, Reino Unido, Holanda, Finlândia, Austrália, Canadá, Hong Kong, Noruega e Alemanha.
O Brasil melhorou sua pontuação, com 5,29, contra os 5,07 do ano passado, mas caiu da 38ª para a 41ª posição. O mesmo aconteceu com a Argentina, que passou dos 5,05 para os 5,27 pontos, mas caiu da 39ª para a 42ª colocação.
O Chile é o paÃs latino-americano mais bem colocado e melhorou sua pontuação --passou de 5,97 pontos para 6,19--, mas manteve a 31ª posição, na frente da República Tcheca, da Hungria e da Polônia.
O México aumentou sua pontuação, de 5,21 em 2005 para 5,30, mas caiu três posições, ocupando a 39ª colocação.
A Venezuela é uma exceção entre os paÃses latino-americanos avaliados, pois, além de cair três posições, também perdeu pontos, obtendo 4,47 em 2006, contra 4,53 no ano passado.
O Peru melhorou sua classificação, com 4,44 pontos, ficando na 50ª posição, enquanto a Colômbia melhorou sua pontuação, com 4,41, mas perdeu três posições e caiu para a 51ª colocação.
O Equador também demonstra uma melhor preparação para a era tecnológica, com 3,88 pontos, ocupando a 58ª colocação, logo atrás da China, que obteve 4,02 neste ano.
Cerca de 97% dos internautas ainda se confundem na hora de identificar ameaças virtuais, como páginas que instalam secretamente softwares espiões em computadores. Segundo o SiteAdvisor, da empresa de segurança McAfee, apenas 3% dos 14 mil internautas que fizeram um teste on-line souberam reconhecer as ameaças.
Neste teste, os usuários tinham de identificar páginas na internet que apresentavam riscos. Os exemplos utilizados tinham como base endereços que realmente existem, selecionados pelo SiteAdvisor.
Segundo a organização, 65% dos internautas que participaram do teste teriam infectado suas máquinas ao clicar em links de páginas que exibiam marcas conhecidas (97% ficaram em dúvida sobre fazê-lo). "A presença de um logotipo famoso e um visual limpo parecem convencer os usuários de que aquele é um site seguro", diz o relatório.
Além disso, diz a organização, mesmo os internautas bem-informados sobre softwares espiões têm "quase 100% de chance" de visitar endereços que escondem estas pragas enquanto fazem buscas e navegam pela web.
"Sabemos que não é fácil julgar um site somente pela aparência, mas é importante ter algo em mente: páginas que representam perigo são boas em disfarces. Independente de quanto o internauta sabe sobre segurança, ele não pode confiar apenas em seus instintos", afirmou Chris Dixon, executivo da McAfee responsável pelo SiteAdvisor.
Clique aqui para ver como se defender de golpes virtuais.
Muitas vezes, sites maliciosos são usados em golpes conhecidos como phishing scam --quando visitadas por internautas, estas páginas instalam pragas virtuais nos computadores, permitindo o roubo de informações. Além disso, há códigos maliciosos conhecidos como adware --estes programas, que também se instalam secretamente, exibem janelas pop up com anúncios.
O comércio eletrônico deve faturar R$ 140 milhões com o Dia das Mães, segundo um relatório elaborado pela Camara-e.net (Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico) em parceria com a consultoria e-bit. O valor representa aumento de 50% em relação aos R$ 92 milhões registrados no ano passado.
Os R$ 140 milhões referem-se às vendas realizadas entre 29 de abril e 13 de maio. A lista de produtos favoritos é composta por CDs, livros, câmeras digitais e telefones celulares.
Entre os 15 itens mais procurados estão os CDs "Carioca" (Chico Buarque) e "Infinito Particular" (Marisa Monte), o livro "Quase Tudo" (Danuza Leão), o DVD "2 Filhos de Francisco" e o livro "O Código da Vinci" (Dan Brown).
Segundo Pedro Guasti, diretor geral da e-bit, o Dia das Mães é a data mais aguardada pelo varejo no primeiro semestre do ano. "Em 2005, a previsão foi de 30% no aumento das vendas em relação ao ano anterior. Com o aumento no número de e-consumidores e a freqüência do uso do comércio eletrônico, a previsão deste ano subiu para 50%", disse Guasti.
SÃO PAULO - Ao que parece, concorrer com os quase onipresentes tocadores digitais da Apple, os iPods, exige dos players a capacidade de rodar vÃdeos.
O mais novo produto que chega para disputar a preferência do consumidor brasileiro é o MP4 Player GT Sound, que será distribuÃdo no Brasil pela SND.
O produto chega ao varejo em julho. Ele grava e reproduz vÃdeos (MP4), grava e reproduz áudio (MP3), mostra fotos e, como todos os outros tocadores digitais, também funciona como pen drive no transporte de arquivos.
Outras vantagens incluem alguns jogos, relógio e calendário integrados. Com display colorido de 2,5 polegadas. O produto também tem a opção de exibir vÃdeos em Tvs, desde que o usuário conecte o cabo P2-RCA que acompanha o aparelho(uma entrada vai na saÃda do fone de ouvido, e os conectores RCA são ligados nas entradas RCA de áudio e vÃdeo do aparelho de Tv).
O mesmo cabo é usado em aparelhos que tiverem uma saÃda de áudio e vÃdeo, de forma que o aparelho pode, segundo o fabricante, converter um programa de TV para o formato MP4.
Sua única - e grande - limitação é a memória interna de 256MB, suficiente para pouco mais de duas horas e meia de música em MP3. O preço sugerido é de R$ 899,00.