Tradicional lista da revista Fast Company foi publicada nesta terça-feira, 10, e traz startup de cartão de crédito para fintechs criada por brasileiros no Vale como destaque; Snap e Microsoft lideram
A fintech Brex, fundada por dois brasileiros no Vale do Silício, foi considerada uma das empresas mais inovadoras do mundo pela revista americana Fast Company. Na tradicional lista publicada anualmente pela revista, a startup ficou em 27º lugar no ranking geral. Além disso, foi considerada a empresa do setor de finanças mais inovadora, por seu serviço de cartão de crédito corporativo para startups.
"A Brex dá crédito para as empresas a partir de suas vendas em tempo real e os aportes que elas receberam, não para o histórico de crédito pessoal dos fundadores", destacou a publicação americana.
Fundada em 2016 pro Henrique Dubugras e Pedro Franceschi, que também criaram a empresa de pagamentos Pagar.me, a Brex nasceu na Califórnia e hoje é avaliada em torno de US$ 2,6 bilhões.
O topo da lista da Fast Company é ocupado por três empresas bastante conhecidas: a Snap, dona do Snapchat, a Microsoft e a Tesla. As três empresas foram escolhidas pela revista por "estabelecer uma agenda social", "criar um programa inovador para trabalho à distância" e "manter a primeira posição no mercado americano de carros elétricos", respectivamente.
Outros destaques da lista foram a startup KaiOS, que criou um sistema para deixar celulares simples mais inteligentes, e a Beyond Meat, uma das pioneiras da "carne vegetal" nos EUA. Tradicionais presenças, Spotify e Apple ocuparam a 15ª e a 39ª posição do ranking este ano.
América Latina
Além de publicar uma lista geral com as 50 empresas mais inovadoras do mundo, a Fast Company também divulga rankings específicos divididos por setores e regiões. Na lista dedicada a América Latina, apareceram três empresas brasileiras: a Magazine Luiza, a Amaro e a startup Agronow.
A empresa da família Trajano apareceu no ranking latino pelo segundo ano seguido. Desta vez, a justificativa foi a de que a empresa "facilita a presença de pequenos negócios no comércio eletrônico". Já a Amaro, que vende roupas pela internet, foi escolhida pela publicação por "criar moda com base em dados". A startup Agronow, por sua vez, foi citada por conseguir "trazer análises de risco para a agricultura brasileira e reduzir custos para os fazendeiros locais."
No ano passado, o Nubank tinha sido citado na lista geral, em 36º lugar. Além dela, Movile, Grow, PagSeguro e Magazine Luiza tinham aparecido na lista latinoamericana.
Operadora prevê problemas no atendimento presencial em campo com a evolução do surto de Covid-19
A evolução do novo Coranavírus (Covid-19) também levou a operadora de TV paga Sky a abrir o sinal para seus clientes, sem custo adicional, de canais de diversos gêneros. A liberação começou ontem, 15. Segundo a empresa, a iniciativa tem como objetivo levar conteúdo, informação e diversão para aqueles que estarão em casa em cidades de todos os municípios do país durante o pico do surto da doença.
Dentre os canais, todos ficam com o sinal aberto na TV, de forma linear, e alguns também podem ser assistidos ao vivo via streaming pelo Sky Play, a plataforma de vídeo sob demanda da empresa.
Confira abaixo todos que estão liberados. Em breve, novos canais podem ser adicionados à essa lista.
A Sky destaca ainda que podem ocorrer eventuais e pontuais problemas na prestação de serviço de campo e atendimento, derivados da força de trabalho envolvida. A empresa está monitorando e prioriza o bem-estar de seus colaboradores e parceiros.
SINAIS ABERTOS NA TV:
· A&E, AMC, Animal Planet, Arte 1, AXN, Band News, Band Sports, BBC, Bis, Boomerang, Canal Brasil, Cartoon Network, Cinemax, Climatempo, CNN, CNN Brasil, Comedy Central, Discovery, Discovery H&H, Discovery ID, Discovery Science, Discovery World, Discovery Kids, Discovery Theater, Discovery Turbo, E!, Fashion TV, Fish TV, Food Network, GloboNews, Gloob, Gloobinho, GNT, Golf, H2, HGTV, History, Lifetime, Mais Globosat, Megapix, MTV, Multishow, Nick Jr, Nickelodeon, OFF, Paramount, PlayTV, Prime Box Brazil, Sony Channel, Space, SPORTV, SPORTV 2, SPORTV 3, Studio Universal, Sundance, SyFy, TBS, TCM, Telecine Premium, Telecine Action, Telecine Fun, Telecine Touch, Telecine Pipoca, Telecine Cult, TLC, TNT, TNT Series, ToonCast, Tru TV, Universal channel, Viva, Warner Channel, Woohoo, ZooMoo.
SINAIS ABERTOS NO SKY PLAY:
· A&E, AXN, Band News, Cartoon Network, Cinemax, CNN Brasil,· Comedy Central, Discovery, Discovery H&H, Discovery ID, Discovery Kids, Discovery Turbo, MTV, Paramount, SONY Channel, Space, TLC, TNT e TNT Series.
OUTRAS OPERADORAS
Além da Sky, Oi e Claro também anunciaram a abertura de canais para seus clientes de TV por assinatura a fim de estimular que fiquem mais em casa e reduzam o contato pessoal até a crise do Covid-19 arrefecer. Ontem, a Anatel, agência que regula o setor, determinou que as operadoras de telecomunicações tomem medidas para ajudar a população a atravessar o surto para diminuir a pressão sobre o sistema público de saúde.
A parceria da empresa com o Burger King no Chile trouxe o Rebel Whopper para o cardápio do restaurante; no Brasil, hambúrguer deve chegar ainda neste ano
A NotCo, startup que produz alimentos sem produtos de origem animal a partir de algoritmos, lançou no Chile nesta quarta-feira, 26, o primeiro hambúrguer vegetal da marca. O produto é fruto de uma parceria com a rede de restaurantes Burger King no país, e a empresa já tem planos de expansão para a novidade. Por aqui, o Not Burger deve estar nas prateleiras até o fim do ano, mas sem parceria com a rede de fast food americana - no Brasil, o Burger King é parceiro da Marfrig.
A NotCo utiliza algoritmos de inteligência artificial para gerar receitas de seus produtos, usando a computação para achar combinação de ingredientes que possam substituir como carne e leite. No caso do hambúrguer utilizado no Rebel Whopper, uma versão do lanche tradicional do Burger King, a receita leva base proteica de soja e busca reproduzir o sabor e a textura que o lanche já tem originalmente.
Hambúrguer do Rebel Whopper tem receita desenvolvida por algoritmo
Foto: Divulgação/NotCo / Estadão
Apesar de 100% vegetal, o hambúrguer não é uma opção para os veganos. A empresa alerta que eles serão preparados nas mesmas grelhas que hambúrgueres de origem animal, mas ressalta que continua sendo uma opção para quem deseja diminuir ou variar o consumo de carne.
Segundo Flávia Buchmann, diretora de marketing da NotCo, apesar da produção de alimentos sem origem animal, a proposta da empresa não é ser uma referência só de nicho vegano, mas também abranger outros públicos no consumo.
"Queremos estar em uma rota de distribuição massiva. Nossa visão é estar em todos os restaurantes e todos os supermercados para permitir que, na nossa vida diária, pessoas que ainda não fizeram a decisão de trocar ou de pensar ativamente em deixar essa alimentação, mas estão buscando consumir de maneira mais responsável com o meio ambiente, tenham acesso", afirmou Flávia em entrevista ao Estado.
Para o Brasil, a receita tanto do hambúrguer quanto dos negócios deve ser outra. O plano é que o produto chegue nas prateleiras dos supermercados com sabor e textura diferentes da recém lançada pela NotCo. Ainda sem data de lançamento, a expectativa é que o Not Burger faça companhia para produtos já existentes no País - como Not Mayo, Not Milk e Not IceCream - até o final deste ano.
"Para nós é uma missão. Sempre que a gente chega em um cliente ou em um país novo, ainda mais no Brasil, representa um passo gigante em concretizar nossa visão que é fazer com que a alimentação saudável, deliciosa e que respeite o meio ambiente chegue a mais pessoas". Criada em 2015, a NotCo conta com investimento do fundo Bezos Expedition, de Jeff Bezos, presidente executivo da Amazon, além de The Craftory, Kaszek Ventures, a aceleradora americana IndieBio e o fundo Maya Capital.
No país, voto é online e abre-se empresa em 15 minutos; RG com chip dá acesso a 500 serviços
Renato Jakitas, de Vilnius (Lituânia) e Tallinn (Estônia)
A menor das três repúblicas bálticas, a Estônia é hoje considerada um dos grandes laboratórios do mundo em matéria de digitalização e transparência de dados. Lá, apenas três serviços ligados ao governo ainda demandam a presença física de seus cidadãos. Casamentos, divórcios e transferências de titularidade de um imóvel ainda requerem uma testemunha juramentada. Todo o resto pode ser feito pela internet, incluindo criar uma conta em banco, abrir uma empresa ou até mesmo escolher representantes políticos.
Dos 1,3 milhão de estonianos, 99% possuem uma espécie de RG digital, um documento com um chip que lhes garante acesso a mais 500 serviços do governo, incluindo acesso ao sistema de saúde e ao transporte público.
Primeiro a vantagem. O sistema, de fato, torna todos os processos públicos muito mais rápidos. Na Estônia, é possível abrir uma empresa em impressionantes 15 minutos. Uma conta em banco leva um pouco mais de tempo: 24 horas. Sem contar o acesso ao amplo sistema de benefícios estatais. A saúde é pública, o transporte é grátis e, com o documento digital, o governo subsidia até a compra de medicamentos na farmácia - o benefício pode chegar a 50%.
Agora, a desvantagem. Todas as vezes que um cidadão estoniano saca seu RG digital para um serviço, ele registra a movimentação na rede estatal, que passa a ter a posse da informação, podendo inclusive negociá-la com as empresas. (O governo cede, por exemplo, os dados de deslocamento à empresa que opera o sistema de transporte). Além disso, em tese, qualquer cidadão pode consultar os dados de outro estoniano, mediante solicitação prévia e intermediação do governo. O Estado acompanhou a consulta no perfil do primeiro ministro da Estônia, Jüri Ratas. Viu seus três imóveis, onde estão e quanto custam. "Está tudo aqui, é só consultar", afirma a funcionária do governo digital da Estônia, Harle Pihlak.
Assunto polêmico? Não para os locais. "Eu não me preocupo com isso. Os dados estão seguros com o governo e a rede de proteção é ampla", afirma o empresário Matthias Markus.
"Aqui é assim: os estonianos não se preocupam. Já os estrangeiros ficam ressabiados com tanta exposição", afirma o cientista de computação paulistano Edilson Osorio, que mora há dois anos em Tallinn. Ele é o fundador da startup OriginalMy, que usa blockchain para a verificação de documentos online. Criada em 2015 no Brasil, a empresa se mudou para Tallinn para participar do programa de aceleração Startup Estonia.
Ex-presidente da Estônia, Toomas Hendrik Ilves diz que a digitalização não é mesmo um problema local. "Ela tornou os estonianos mais felizes", diz. Segundo ele, além do bem-estar, o país também economizou com a medida. Com o uso massivo dos serviços digitais, o Estado poupa por ano cerca de 2% do PIB - que, em 2018, foi de US$ 26 bilhões, segundo dados do Banco Mundial.
O modelo atual do governo digital é de 2016. Mas o governo vem coletando os dados e organizando o banco de dados há 20 anos, desde que organizou a legislação para entrar no mundo digital - como aconteceu com o Brasil e todo o resto do mundo. Mas o que eles fizeram, e nenhum outro país acompanhou, foi dar ao RG digital o mesmo peso que o RG físico em uma lei dos anos 2000. "Isso atraiu investidores", conta Harle Pihlak.
O sistema estoniano tem código aberto (pode ser conferido por qualquer pessoa), não proprietário (ou seja, não é de nenhuma empresa) e é descentralizado. Se uma empresa criar um novo serviço, pode acoplá-lo a essa infraestrutura, que tem um backup no principado de Liechtenstein, pequeno território de 160 quilômetros quadrados entre a Áustria e a Suíça. A segurança é um sistema de checagem dupla. O usuário coloca seu número de seguro social no site e precisa confirmar em um celular. "É totalmente seguro, nunca fomos hackeados", diz a funcionária do governo. "E me arrisco a dizer que jamais seremos."
O Google anunciou nesta quarta-feira que vai investir mais de 10 bilhões de dólares em escritórios e centrais de processamento de dados nos Estados Unidos este ano.
REUTERS/Arnd Wiegmann
Foto: Reuters
A empresa acrescentou que os novos investimentos se concentrarão em 11 Estados norte-americanos, incluindo Massachusetts, Nova York e Ohio.
No ano passado, o Google disse que investiria mais de 13 bilhões de dólares em data centers e escritórios nos EUA em 2019.
Os custos e despesas totais da gigante da tecnologia subiram cerca de 19%, para 36,81 bilhões de dólares no quarto trimestre do ano passado.