Fracasso em relações que começam online afetam ainda os sites de encontros
WASHINGTON - Um estudo da ABC concluiu que os casamentos promovidos pela internet duram menos. Cerca de 3 milhões de casais norte-americanos foram originados por sites de matrimônio como Mary.com e eharmony.com, que há dez anos oferecem aos norte-americanos o sonho do casamento feliz.
Faltam estatísticas precisas, "mas pode-se racionalmente julgar que os casamentos gerados pela internet têm uma possibilidade maior de chegar ao divórcio em relação aos casamentos gerados por encontros tradicionais", diz o estudo relatando opiniões de especialistas do setor.
O projeto se chama PEW - Internet and American Life Project. A fórmula que os autores escolheram para intitular sua pesquisa teve a intenção de exprimir especificamente o tipo de oferta que os sites em questão propõem há anos, que é a possibilidade de um encontro amoroso para formar um projeto de vida que, pela internet, chega na igreja.
"Não há estatísticas sobre divórcios das pessoas que se encontraram online. Uma coisa é certa, assim como para os casamentos que iniciaram tradicionalmente, as histórias amorosas promovidas pela rede nem sempre têm uma conclusão feliz", afirma o estudo.
Mudanças de estratégia
A prova de que os casamentos iniciados online funcionam menos do que outros, segundo o estudo, está no fato de que os próprios sites que os promoveram estão hoje recorrendo a novas estratégias comunicativas, "para assegurar que os casamentos prometidos sobrevivem mais do que uma lua-de-mel".
O site Mary.com, por exemplo, está se especializando em promover "a qualidade e a longevidade das relações", enquanto o eharmony.com criou o que define como "relationship Lab", um laboratório de relações, onde alguns casais são monitorados por ao menos cinco anos "para ver se e quanto e como os seus casamentos duram".
Segundo o estudo da ABC, trata-se de uma tentativa de prevenir os divórcios de maneira ativa. O próprio fundador do site Mary.com, Pat Dimes, diz que "não acredito muito na química dos encontros online. A química que funciona é aquela dos encontros offline, que possam continuar depois".
As compras pela internet de CDS, DVDs, livros e outros bens de consumo, somadas à aquisição de automóveis e serviços ligados ao turismo somaram R$ 4,4 bilhões no primeiro trimestre de 2007. O resultado significa um crescimento de 57% em relação ao mesmo período do ano passado (de R$ 2,8 bilhões).
Os dados fazem parte do Índice de Varejo On Line, estudo divulgado hoje pela E-Consulting e pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net).
O segmento automóveis foi responsável pela maior fatia deste total, com R$ 1,95 bilhão, o que representa um crescimento de 59% sobre o primeiro trimestre de 2006. Já os bens de consumo (CDs, livros, DVDs, eletroeletrônicos) registraram movimento de R$ 1,65 bilhão (aumento de 90,5% na mesma comparação), enquanto o setor de turismo (passagens aéreas, pacotes e serviços especializados) movimentou R$ 800 milhões (expansão de 12%).
"A venda de veículos pela internet alavancou o crescimento do varejo on-line neste início de ano, acompanhando o forte aquecimento das vendas do setor também fora da internet. Ao todo, foram vendidos 17% mais veículos neste ano do que no mesmo período de 2006", explica Daniel Domeneghetti, diretor de Estratégia e Conhecimento da E-Consulting e vice-presidente de Métricas e Conhecimento da camara-e.net.
Segundo Domeneghetti, a consolidação das vendas de bens de consumo pela rede e a estabilidade da economia brasileira também são pontos positivos que explicam o atual estágio do comércio eletrônico.
A entidade estima em 5,7 milhões o número dos chamados e-consumidores, número cerca de 20% maior do que o encontrado em março de 2006. O tíquete médio das compras virtuais não se alterou e está em torno de R$ 380.
"O comércio eletrônico tem apresentado um crescimento muito acima da maioria das atividades econômicas e modalidades de varejo. Acreditamos que a própria dinâmica do segmento somada à ampliação do uso da certificação digital por empresas de todo o país ao longo de 2007 terá um papel decisivo para acelerar ainda mais a adoção dos negócios eletrônicos por empresas de todos os portes", disse Manuel Matos, presidente da camara-e.net.
O número de internautas no Brasil chegou a inéditos 16,3 milhões de pessoas em março no Brasil --um aumento de 15,6% em relação a fevereiro, informou a empresa de pesquisa de mercado Ibope/Net Ratings nesta sexta-feira.
O número refere-se aos usuários residenciais ativos, ou seja, pessoas que acessaram a web ao menos uma vez de casa no mês.
Além de março ter um número maior de usuários ativos do que fevereiro (que é um mês mais curto, além de ter o feriado do Carnaval), também aumentou a quantidade de usuários com pelo menos um computador em casa.
Existem agora 25 milhões de brasileiros morando em residências com acesso (contra 22,1 milhões em 2006) e 32,9 milhões com acesso em qualquer ambiente (casa, trabalho, escolas, universidades e outros locais).
O Brasil ainda é o país com maior tempo médio de navegação residencial por internauta, com 20 horas e 54 minutos no mês --9,4% mais do que em fevereiro. O crescimento anual de horas navegadas é de 7,8%.
A França, com tempo médio por internauta residencial de 19 horas e 56 minutos, os Estados Unidos, com 19 horas e 8 minutos, o Japão, com 18 horas e 34 minutos, e a Alemanha, com 17 horas e 53 minutos por pessoa, foram os países que mais se aproximaram do Brasil, entre os dez medidos com a mesma metodologia.
Na comparação mensal entre segmentos, entre fevereiro e março de 2007, a categoria "Viagens e Turismo" apresentou o maior crescimento (36,4%), recebendo a visita de mais de 4 milhões de usuários residenciais, ou cerca de 25% do total de internautas ativos residenciais do período.
Também destacou-se o crescimento da categoria "Casa e Moda", com subcategorias que tratam de beleza, culinária, jardinagem e imóveis (venda, locação, sites das incorporadoras, imobiliárias, entre outros subsetores).
Uma festa organizada pelo site de relacionamentos MySpace com cerca de 200 adolescentes provocou prejuízos de R$ 80 mil na casa de uma família britânica.
A polícia afirma que uma adolescente do condado de Durham, no nordeste da Inglaterra, usou o site na internet para convocar os amigos para a festa, aproveitando a ausência dos pais na última segunda-feira, feriado no Reino Unido.
A mãe da menina de 17 anos classificou a festa de "estupro de casa" e considerou os convidados "piores do que animais".
Durante a festa, alguém urinou em um vestido de noiva e foram roubadas jóias da família, na casa na cidade de Houghton-le-Spring.
No auge das festividades, alguns convidados se penduraram em fios de lustres da casa, apagaram cigarros sobre o carpete e vomitaram por toda a casa.
Para evitar a intervenção dos vizinhos, a porta dos fundos da casa foi bloqueada.
Surpresa
Quando os pais da moça voltaram de viagem na terça-feira, encontraram a casa avaliada em quase R$ 915 mil reais em petição de miséria.
Os pais apresentaram queixas criminais na delegacia local.
"Eu disse à minha filha que não queria pessoas ou bebidas na casa, enquanto estivesse fora. Estou furiosa", disse a mãe de 48 anos, que pediu para não ser identificada.
"É pior que um roubo. Não consigo acreditar."
Ela disse que a filha, que negou ter anunciado a festa no MySpace, está na casa de amigos para "esperar a poeira baixar".
A menina disse que esperava 30 ou 40 pessoas e que ficou surpresa ao ver 200 aparecerem.
Para o pai da jovem, a experiência também foi "traumática".
"A casa foi totalmente depredada. Torço para ninguém passar pelo que eu e minha mulher estamos passando nos últimos dias."
A polícia local disse que abriu um inquérito sobre o caso e vai tentar interrogar o maior número possível de convidados e "bicões" da festa.
Cresce o acesso a conteúdos em serviços como o MySpace e YouTube
SÃO PAULO - O consumo de música e vídeo online está crescendo de forma consistente, segundo indica levantamento da empresa de pesquisas In-Stat, impactando os mercados musical e de vídeo.
Não por acaso, segundo dados da associação da indústria fonográfica mundial, a venda de música digital em 2006 chegou a 6% do total mundial de vendas, contra 4% em 2005.
E, segundo indica a In-Stat, essa fatia chegará a 26% em 2011. "A internet é hoje um canal essencial para a distribuição de música e sites sociais como o MySpace e YouTube estão começando a mostrar um grande potencial como novos meios de distribuição e consumo de conteúdo digital. Como resultado, consumidores estão querendo acessar conteúdo digital como jamais fizeram", diz Stephanie Ethier, analista da In-Stat.
Em uma entrevista feita com usuários, maioria de norte-americanos, 74% já admitiram baixar música em 2006, contra 48% em 2005. Outras conclusões do relatório mostram que a pirataria ainda é um grande desafio para as gravadoras, principalmente fora dos EUA.
Segundo previsões da empresa, só o mercado de música digital tem potencial para movimentar US$ 10,7 bilhões em 2010 em todo o mundo, contra o US$ 1,5 bilhão registrado em 2005.