SÃO PAULO - Primeiro eles criaram o Kazaa, ferramenta de troca de arquivos pela internet. Que venderam para a Sharman Networks, embolsando uma pequena fortuna no processo.
Depois, eles criaram o Skype, popular software de VoIP, que foi vendido mais tarde para o site de leilões online eBay pela bagatela de US$ 2,6 bilhões.
Nova fortuna no bolso, bastava sossegar e curtir a vida, certo?
Não foi essa a resposta dos desenvolvedores Niklas Zennstrom e Janus Friis, que estão usando o princÃpio de ferramentas distribuÃdas (base do Kazaa e do Skype) para a distribuição de arquivos de vÃdeo pela Web.
O chamado "Venice Project" (Projeto Veneza), que já está empregando várias equipes de programadores distribuÃdas nos EUA e Europa, quer fazer com o vÃdeo, o que o Kazaa fez com a música: facilitar a distribuição de filmes e outros conteúdos pela internet.
A plataforma, ainda em desenvolvimento, poderá ser usada também para distribuir conteúdo da TV pela Web. Segundo artigo publicado na revista Business Week, redes de TV nos EUA já teriam demonstrado interesse na aplicação, e não está descartado um hipotético aporte de capital por parte do eBay no projeto.
Distribuição
O Projeto Veneza vem a público em um momento de inflexão para os estúdios de cinema e redes de TV, que se debruçam sobre diversas novas iniciativas de distribuição de vÃdeo, em busca de novos caminhos para a distribuição e venda de seus acervos.
É esta demanda que tem chamado a atenção para serviços como o portal YouTube, a loja virtual iTunes, que começou a vender episódios de seriados antigos na internet, além de inúmeros outros sites onde é possÃvel comprar e baixar filmes, legalmente, pela internet.
O próprio Skype, aliás, já demonstrou a viabilidade de distribuir programação televisiva ao vivo, pela internet, por meio de seu recurso integrado de videoconferências.
Contudo, ainda não há previsão para um anúncio oficial das ferramentas ou como funcionará a plataforma do Projeto Veneza.
O site especializado em cinema CinemaNow lançou nesta quarta-feira um serviço inédito que permite aos americanos baixar
legalmente filmes de Hollywood e gravá-los em DVDs, anunciou a companhia.
O serviço representa um passo significativo para os estúdios de cinema, que nos últimos anos estiveram buscando a forma de se
capitalizar com a distribuição de filmes pela internet, mas de forma que consiga evitar a pirataria.
O serviço do site CinemaNow.com, ainda em versão beta, oferece mais de cem filmes que podem ser baixados em computadores e
gravados em DVDs, segundo a companhia com sede em Marina Del Rey (Califórnia, oeste).
Assim, filmes de estúdios como Buena Vista, MGM, Sony Pictures e Universal estão disponÃveis a um espectro de preços que vai
de US$ 8,99 a US$ 14,99, informou o CinemaNow em um comunicado.
Alguns sites têm acordos com estúdios para permitir a seus usuários baixar ou ver filmes em seus computadores, mas esta é a
primeira vez que se autoriza gravar filmes em um disco digital de vÃdeo.
Para evitar os bots nocivos, é preciso mais do que seguir as medidas de segurança tradicionais, como usar um antivÃrus e não abrir e-mails enviados por desconhecidos. Mais discretos, os bots podem usar apenas parte da potência do seu micro e funcionar somente em perÃodos de inatividade da máquina.
Uma boa dica, embora pareça óbvia, é desativar a conexão com a internet ou mesmo desligar o computador quando ele não está sendo usado.
Outro passo essencial é atualizar o sistema operacional. Quem usa Windows deve baixar as correções (disponÃveis em windowsupdate.microsoft.com) e configurar o sistema para copiar novas atualizações automaticamente. Basta acessar a pasta Painel de controle, clicar sobre "Atualizações automáticas" e definir com que freqüência a tarefa será feita.
Trocar o Internet Explorer por outro um navegador é mais uma medida que pode evitar problemas de segurança. As opções mais populares são o Firefox ( www.getfirefox.com ) e o Opera ( www.opera.com). Ambos são gratuitos e têm todas as principais funções
presentes no IE.
Cesta básica
Além de um antivÃrus, é preciso ter um firewall --soft que filtra os dados que chegam e que saem do PC. Entre as opções gratuitas para essa tarefa, um dos mais recomendados é o Sygate Personal ( www.sygate.com ). Pacotes de proteção de fabricantes como a Symantec e a McAfee oferecem o firewall no mesmo produto que o antivÃrus por cerca de R$ 100. Quem quer um antivÃrus grátis pode testar o AVG Free Edition ( free.grisoft.com).
Redução de preço popularizou o equipamento, que continua bastante visado por quadrilhas especializadas
SÃO PAULO - Quem usa o notebook, laptop ou palmtop como ferramenta de trabalho corre alto risco de amargar algum prejuÃzo por
causa de roubo ou furto de seu equipamento.
Segundo AdÃlson Meiri Pereira, diretor de Ramos Elementares e Transportes da Porto Seguro, de aproximadamente 20 mil
equipamentos segurados pela companhia, cerca de 12%, ou seja, 2,4 mil são roubados ou furtados por ano.
O número é considerado elevado. "A queda do preço do notebook trouxe a popularização do equipamento. Em contrapartida, os
sinistros vêm aumentando, porque ainda é um produto de valor alto", comenta o diretor da Porto Seguro.
Pereira diz que as quadrilhas especializadas em roubos e furtos desse tipo de equipamento agem em aeroportos, no trajeto ou
no local de destino do passageiro.
"Eles acompanham o profissional desde a saÃda do aeroporto e o abordam no táxi ou quando ele chega à sua casa ou ao
trabalho", conta. "É um crime tÃpico dos centros urbanos", analisa Pereira.
Tanto assim que alguns taxistas se recusam a levar passageiros com notebooks por medo de assalto.
Desconhecido
Embora exista no PaÃs há mais de quatro anos, o seguro de notebooks, laptops e palmtops ainda é desconhecido pela maioria dos
profissionais que utilizam esse tipo de equipamento, diz André Coutinho, da Coutinho Amaral Corretora de Seguros.
Ele diz, porém, que o seguro tem custo baixo e é fácil de ser contratado. O prêmio, valor que o segurado paga para receber a
indenização no caso de sinistro, fica em torno de 11% do valor do equipamento. Os preços dos notebooks variam de R$ 3 mil a
R$ 15 mil, conforme o modelo e a configuração.
O seguro pode ser contratado sem a vistoria fÃsica do equipamento para valores de até R$ 7 mil. "A vistoria também pode ser
feita de forma virtual", informa Pereira, da Porto Seguro.
"O cliente conecta-se ao site da Porto Seguro direto de seu notebook e acessa um programa da companhia. O próprio programa
levanta a configuração do equipamento e, se o valor avaliado ficar em até R$ 7 mil, aprova o seguro", afirma.
O diretor da Porto Seguro orienta quem tiver interesse em contratar uma apólice que procure um corretor, munido de um
documento com as caracterÃsticas do equipamento, como marca, modelo e número de série, e forneça a cópia da nota fiscal - se
o produto for importado, a guia de importador e a quarta guia de importação.
André Coutinho diz que, além de cobrir roubo ou furto qualificado - isto é, quando são deixados rastros do sinistro, como
marcas de arrombamento -, a apólice também prevê a cobertura contra incêndio, queda de raio, explosões e impacto de veÃculos,
aeronaves e embarcações.
"Muitas vezes, o profissional, até por segurança, leva o notebook no porta-malas do carro e fica sujeito a colisões na
traseira do veÃculo que podem provocar a perda total do equipamento", comenta Coutinho.
Prevenção
O principal fator que leva à aquisição da apólice, contudo, continua sendo o temor de roubos e furtos. É o caso do gerente de
vendas LuÃs Sérgio Viana.
"Uso meu notebook em reuniões fora da empresa e o equipamento chama muito a atenção. Além disso, ando muito pela região da
Avenida Paulista, em São Paulo, e viajo periodicamente a trabalho, ou seja, circulo por aeroportos. Esses locais são visados
pelos assaltantes e não posso correr o risco de ficar sem meu equipamento." Pereira, da Porto, afirma que a indenização é
paga em até uma semana.
O cartão de crédito é a forma mais usada para pagamento de compras feitas pela internet. Segundo levantamento da Credicard
Itaú, ele é preferido por 47% dos 9,1 milhões de consumidores que adquiriram algum produto pela rede nos últimos doze meses,
o que representa 85% das compras.
Em segundo lugar, vêm os boletos bancários, utilizados por 35% dos clientes; depois, pagamento na entrega, usado por 14% das
pessoas, e TEF (transferência eletrônica), preferido por 9%. "A pesquisa indica que a utilização do cartão como meio de
pagamento online trona-se freqüente a partir da primeira compra. Em outras palavras, uma vez vencida a resistência do
primeiro uso, o cartão passa a ser o meio de pagamento preferido", diz relatório divulgado pela empresa.
De acordo com o estudo, nos últimos doze meses 59 milhões de brasileiros acessaram a internet ao menos uma vez. 82% dos
internautas o fizeram para se comunicar --por e-mail, participando de bate-papos etc--; 81%, para buscar informações; 71%,
para atividades de lazer --como jogos, música, leitura--; 13%, para usar bancos e serviços financeiros; e 7%, para compras.
Os principais produtos adquiridos pela internet são: CDs, DVDs e livros (50%), eletroeletrônicos e produtos para casa (27%) e
roupas e calçados (6%).
As compras online, que representavam 1,8% --ou R$ 2,3 bilhões-- das operações com cartões de crédito em 2005, neste ano devem
responder por 2,4% --R$ 3,8 bilhões, acima das estimativas. O valor médio das compras é de R$ 287, tendo recuado 5% nos
últimos doze meses.
A previsão é de que as compras pela internet atinjam R$ 13,3 bilhões em 2006, um crescimento de 34% em relação ao ano
passado.